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A enzima oxaD de Penicillium oxalicum oxida indóis formando nitronas

Estudo realizado durante estágio sabático no grupo do Professor David H. Sherman do Life Sciences Institute (University of Michigan) resultou na descoberta da enzima oxaD, que promove a oxidação da roquefortina C formando roquefortina L. A roquefortina L é uma nitrona, grupo bastante raro de metabólitos secundários, dos quais até o momento se conhecem apenas 7 alcaloides, todos produzidos por fungos. A oxaD foi expressa a partir do agregado gênico (gene cluster) de Penicillium oxalicum que codifica a biossíntese da oxalina. Utilizando estratégia de expressão heteróloga em Escherichia coli eletrocompetente, a oxaD foi produzida em larga escala para que seu mecanismo de ação e flexibilidade estrutural de seu substrato natural (roquefortina C) pudessem ser investigados. Derivados da roquefortina C preparados por reações simples demonstraram ser oxidados pela enzima oxaD em maior ou menor extensão, dependendo da variação estrutural da roquefortina C. Derivados indólicos estruturalmente mais diversos não são oxidados por oxaD. A formação da roquefortina L a partir da roquefortina C promovida por oxaD é uma das etapas da biossíntese dos alcaloides oxalina e meleagrina. Este estudo foi realizado por Stelamar Romminger (bolsista CAPES), Sean Newmister (pesquisador de pós-doutorado do grupo do Prof. David Sherman), Claire Gober (aluna de doutorado da Professora Madeleine Joullié), eu mesmo (na bancada!) e outros colaboradores. O estágio sabático foi financiado pela FAPESP, enquanto que o pós-doutorado da Dra. Stelamar Romminger foi financiado pela CAPES. Leia nosso artigo, aqui.

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Derivados de alcaloides guanidínicos também matam Leishmania infantum e Trypanosoma cruzi

Publicado no segundo semestre deste ano, estudo realizado por nosso grupo de colaboração coordenado pelo Dr. André Tempone do Instituto Adolfo Lutz demonstrou que derivados mais simples dos alcaloides guanidínicos isolados da esponja Monanchora arbuscula também matam os parasitas Leishmania (L.) infantum e Trypanosoma cruzi. Os derivados guanidínicos ilustrados induzem despolarização do potencial da membrana de mitocôndrias de Leishmania (L.) infantum, aumentam os níveis de espécies reativas de oxigênio e aumentam a permeabilidade da membrana plasmática dos mesmos parasitas. Os mesmos compostos promovem atividade anti-inflamatória em macrófagos infectados com Leishmania (L.) infantum co-cultivados com esplenócitos, reduzindo a produção das citocinas MCP-1 e γ-IFN. Os derivados guanidínicos ilustrados afetam o metabolismo bioenergético de Leishmania, de maneira a eliminar os parasitas de forma seletiva. O apoio financeiro da parte brasileira deste trabalho é da FAPESP (projeto temático 2013/50228-8, e bolsas de estudo 2011/23703-1 e 2013/07275-5) e do CNPq.  Leia nosso artigo, aqui.

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Novo review sobre guanidinas – 2012 a 2014

Agora no início do ano publicamos em colaboração com a Dra. Stelamar Romminger atualização de review sobre guanidinas de origem natural. Este novo review, publicado na revista Natural Product Reports, corresponde ao nono desta série, e que completa 20 anos de revisão da literatura sobre guanidinas de origem natural. São discutidas guanidinas de origem bacteriana, fúngica, de invertebrados marinhos, invertebrados terrestres e plantas. Os estudos de ecologia de animais que acumulam tetrodotoxina (TTX) é um dos tópicos mais extensos do review. Vários exemplos de peptídeos não-ribossomais contendo resíduos de arginina modificados ou não também são de particular interêsse. O review tem 34 páginas, e a foto de destaque foi gentilmente disponibilizada pelo Dr. Craig Williams (University of South Australia), e ilustra a serpente Thamnophis sirtali tentando se alimentar da salamandra Taricha granulosa, que apresenta altas concentrações de TTX. Aproveite a leitura!

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DOI: 10.1039/C5NP00108K